O tempo por mim desperdiçado
parece faltar-me no presente;
o futuro já me bate à porta,
achega-se o fim da minha vida.

Apressa-se a tinta no papel
a grafar os versos que hora me vêm;
são tantas as díspares idéias,
muitas que nem posso concluir.

Que tolo fui eu na juventude,
julgando que a vida fosse eterna,
que o tempo jamais me faltaria
e o mundo eu teria a meus pés.

Pago hoje o preço de meu erro,
sem ao meu passado retornar.
Deixo menos versos que eu quisera,
mas neles, um pouco de minh’alma.

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